1 de jul. de 2010

In Defense of Food: An Eater's Manifesto, Michael Pollan

"A health claim in a food product is a strong indication its not really food"

Desde os primórdios as escolhas da comida eram guiadas pela cultura, pelas informações que passavam de pais para filhos. Mas nas últimas décadas as mães perderam o controle sobre a mesa para a indústria de alimentos, para a ciência e para os guidelines governamentais.

A cultura alimentar americana está mudando em uma velocidade sem precedentes. Mas por quê? Um dos motivos é o mercado de 32 bilhões de dólares, o outro é o campo da nutrição que pretensamente está avançando nos conhecimentos sobre a melhor dieta para nós, e vive se contradizendo - provavelmente, segundo o autor - porque é uma fraude e sabe muito menos do que transparece.


Humanos escolhendo o que comer sem a ajuda de especialistas é o que foi feito desde o início! E com sucesso, já que chegamos aqui. Essa é a proposta principal do livro. Libertar as pessoas dos padrões que vêm sendo estabelecidos para a alimentação ocidental, retornando às origens culturais do ato de comer. O autor fala da diferença entre nutrição e nutricionismo, este sendo uma ideologia que prega que a chave para entender a comida são os nutrientes, nos obrigando a recorrer aos experts e seus mitos.

Para o autor, comida também é prazer, comunhão. Comer sempre esteve mais ligado à cultura que à biologia. Ele fala do paradoxo francês, sobre como pessoas que comem tanto por prazer como os franceses, com tantas substâncias que consideramos mortais, como a manteiga, têm taxas tão baixas de doenças do coração. Ele não sugere que paremos de nos preocupar com nossa dieta, mas linka os problemas à dieta ocidental predominantemente industrializada. E este é um fato sobre o qual o nutricionismo não atua, mantendo-se em silêncio,por estar tão intimamente ligado à indústria de alimentos.

2 comentários:

  1. Porra! Gostei! Tem edição em português?

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  2. Tem sim. Chama "Em defesa da comida". Já vi no Submarino, mas o audiobook só em inglês mesmo.

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